quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Roselaine, Cássia,Elizamara e Jackson

1.  ARTE MARAJOARA

2.   Desde o século I a Amazônia é ocupada por povos que desenvolveram uma agricultura itinerante. Destacam-se os povos marajoaras e Tapajós, exímios horticultores de floresta tropical, que constroem aterros artificiais para erguer suas casas. Confeccionam cerâmicas usando técnicas decorativas coloridas e extremamente complexas, que resultam em peças requintadas de rara beleza. Peças Marajoaras e Tapajônicas revelam detalhes sobre a vida e os costumes dos antigos povos da Amazônia.

As civilizações Marajoaras e Tapajônicas não deixaram para a posteridade cidades e obras de arquitetura, mas legaram á Amazônia uma cerâmica capaz de reconstituir sua história. Louças e outros objetos, como enfeites e peças de decoração, de povos como os que habitavam no Marajó e os que viveram em Santarém, são exemplos da riqueza cultural dos ancestrais dos amazônidas.

Diversas hipóteses surgiram indicando possíveis origens da cerâmica da ilha do Marajó.Uma delas, é a de que as fases arqueológicas da ilha do Marajó foram cinco, correspondendo, cada uma, a diferentes culturas instaladas na região e a diferentes níveis de ocupação. As fases foram Ananatuba, Mangueiras, Formiga, Marajoara e Aruã. A fase Marajoara, ocorrida provavelmente entre os anos 200 e 690 d.C., simboliza a época de um povo que chegou à ilha vivendo seu apogeu. Nesta fase vive-se a tradição policrômica, com exuberância e a variedade da decoração. O povo desta fase viveu em uma área circular, com cerca de 100km de diâmetro, em torno do rio Arari.
3.   O assunto motiva a conhecer e identificar a arte do índio brasileiro, em especial o amazônico da Ilha do Marajó. Devido a beleza da cerâmica marajoara que nasce de forma rústica do barro e resulta obras de arte com um visual único, belo e sofisticado.

4.   Com este trabalho pretendemos demonstrar a diversidade da arte indígena brasileira, através da arte marajoara e de sua presença na sociedade contemporânea, como forma de manter viva e preservar a memória deste povo.


5.   Este tema se destina a alunos do Ensino Médio nas disciplinas de Arte e História, acadêmicos de Artes, História.


6.   METODOLOGIA

         Vídeo: A arte Marajoara;

         Aula expositiva através de slides;

         Slides com as imagens das cerâmicas;

         Análise das imagens identificando os principais traços e cores utilizados;

Produção de desenhos com os principais traços da arte marajoara;

Exposição dos desenhos.


7.   INSTRUMENTOS

Tv ;
     Data show ;

     Quadro e giz ;

      Papel A4.



REFERÊNCIAS


AMORIM, Lilian Bayma de. Cerâmica marajoara: a comunicação do silêncio.Belém: Museu paraense Emílio Goeldi, 2010.
CERÂMICA MARAJOARA. Disponível em: < http: //historiadores.skyrock.com/1784782318-arte marajoara.html. Acesso em: 19 jun. 2012.

         LOCALIZAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO MARAJOARA.

           Os estudos da arte de sociedades iletradas demonstram que osgrafismos e as representações foram utilizados como instrumento de comunicação para consolidar a organização social de uma determinada sociedade (SCHAAN, 1997).
          Pretendemos demonstrar, por meio da riqueza e da complexidade das informações agregadas aos objetos, a importância de divulgar parte do acervo arqueológico como instrumento para preservação do patrimônio, na construção de memória, identidade e cidadania.

OBJETOS ENCONTRADOS EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NA ILHA DE    MARAJÓ








 

   A descoberta da riqueza arqueológica da ilha do Marajó se deu a partir de 1871, pesquisadores brasileiros e estrangeiros descobriram a riqueza em expedições à Amazônia, a novidade foi publicada no exterior e começaram os saques por leigos, aventureiros, comerciantes e pesquisadores de várias partes do mundo.
    Consta que, ao ser notificado desses acontecimentos o entãoImperador brasileiro D. Pedro II determinou a interdição da Ilha de Marajó aos estrangeiros e que toda pesquisa só poderia ser feita com autorização do governo do Império do Brasil. Tal atitude, se não resolveu definitivamente os problemas dos saques, pelo menos os reduziu bastante. Por esse motivo as peças marajoaras foram espalhadas pela Europa e EUA.
    Um dos maiores responsáveis, atualmente, pela memória e resgate da civilização indígena da ilha de Marajó é Giovanni Gallo, que criou em 1972 e administra o Museu do Marajó , localizado em Cachoeira do Arari. O museu reúne objetos representativos da cultura da região - usos e costumes.
    Visando manter a tradição regional, o museólogo criou um ateliê de cerâmica onde são reproduzidas e comercializadas peças copiadas do acervo, o que é conhecido hoje como cerâmica marajoara é nada menos do que réplicas autorizadas da cultura extinta.
      Em torno de 1350 a fase marajoara desapareceu, motivo desconhecido mas pode ter sido pela ocupação do território por outros povos.



Ana Paula Martin e Maira

Arte da África


arte africana representa os usos e costumes das tribos africanas. O objeto de arte é funcional e expressam muita sensibilidade. Nas pinturas, assim como nas esculturas, a presença da figura humana identifica a preocupação com os valores étnicos, morais e religiosos. A escultura foi uma forma de arte muito utilizada pelos artistas africanos usando-se o ouro, bronze e marfim como matéria prima. Representando um disfarce para a incorporação dos espíritos e a possibilidade de adquirir forças mágicas, as máscaras têm um significado místico e importante na arte africana sendo usadas nos rituais e funerais. As máscaras são confeccionadas em barro, marfim, metais, mas o material mais utilizado é a madeira. Para estabelecer a purificação e a ligação com a entidade sagrada, são modeladas em segredo na selva. Visitando os museus da Europa Ocidental é possível conhecer o maior acervo da arte antiga africana no mundo.

História

Máscara do século XVI, Nigéria, Edo, Corte de Benin, marfim, Metropolitan Museum of Art


As origens da história da arte africana está situada muito antes da história registrada. A arte africana em rocha no Saara, em Níger, conserva entalhes de 6000 anos.[1] As esculturas mais antigas conhecidas são dos Nok cultura da Nigéria,500 d.C.. Junto com a África Subsariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas. Métodos mais complexos de produção de arte foram desenvolvidos na África Subsaariana, por volta do século X, alguns dos mais notáveis avanços incluem o trabalho de bronze do Igbo Ukwu e a terracota e trabalhos em metal de Ife|Ile Ife fundição em bronze e , muitas vezes ornamentados com marfim e pedras preciosas, tornou-se altamente prestigiado, em grande parte da África Ocidental, às vezes sendo limitado ao trabalho dos artesãos e identificado com a Família real|realeza, como aconteceu com os Bronzes do Benim.

Arte africana na atualidade
Muitas das chamadas artes tradicionais da África estão sendo ainda trabalhadas, entalhadas e usadas dentro de contextos tradicionais. Mas, como em todos os períodos da arte, importantes inovações também têm sido assimiladas, havendo uma coexistência dos estilos e modos de expressão já estabelecidos com essas inovações que surgem. Nos últimos anos, com o desenvolvimento dos transportes e das comunicações dentro do continente, um grande número de formas de arte tem sido disseminado por entre as diversas culturas africanas.A arte Africana tem uma coisa interessante. Você pode achar semelhança entre dois países sem eles se assemelharem.
Além das próprias influências africanas, algumas mudanças têm sua origem em outras civilizações. Por exemplo, a arquitetura e as formas islâmicas podem ser vistas hoje em algumas regiões da Nigéria, em Mali, Burkina Faso e Niger. Alguns desenhos e pinturas do leste indiano têm bastante similaridade em suas formas com as esculturas e máscaras de artistas dos povos Dibibio e Efik que se estabelecem ao sul da Nigéria. Temas cristãos também tem sido observados nos trabalhos de artistas contemporâneos, principalmente em igrejas e catedrais africanas. Vê-se ainda na África, nos últimos anos, um desenvolvimento de formas e estruturas ocidentais modernas, como bancos, estabelecimentos comerciais e sedes governamentais.
Os turistas também tem sido responsáveis por uma nova demanda das artes, particularmente por máscaras decorativas e esculturas africanas feitas de marfim e ébano. O desenvolvimento das escolas de arte e arquitetura em cidades africanas, tem incentivado os artistas a trabalhar com novos meios, tais como cimento, óleo, pedras, alumínio, com uma utilização de diferentes cores e desenhos. Ashira Olatunde da Nigéria e Nicholas Mukomberanwa de Zimbábue estão entre os maiores patrocinadores desse novo tipo de arte na África.

As formas de arte africana
A pintura é empregada na decoração das paredes dos palácios reais, celeiros, das choupas sagradas. Seus motivos, muito variados, vão desde formas essencialmente geométricas até a reprodução de cenas de caça e guerra. Serve também para o acabamento das máscaras e para os adornos corporais. A mais importante manifestação da arte africana é, porém, a escultura. A madeira é um dos materiais preferidos. Ao trabalhá-la, o escultor associa outras técnicas (cestaria, pintura, colagem de tecidos).
As máscaras africanas

Mascara Gelede do Benin no Brasil


As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplo dessas máscaras destacamos as Epa e as Gueledeé ou Gelede.

Arte e religião
As civilizações africanas tem uma visão holística e simbólica da vida. Cada indivíduo é parte de um todo, ligados, todos em função do cosmos em uma eterna busca pela harmonia e de equilíbrio. Outro conceito fundamental na filosofia da existência africana é a importância do grupo, para que a comunidade viva, cada fiel deve participar seguindo o papel que lhe pertence em nível espiritual e terreno.

Opon Ifá tabuleiro esculpido em madeira.



Principais religiões
As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil, são o Candomblé, e o Culto aos Egungun efetivamente de origem africana.
O Culto de Ifá em menor número no Brasil é o maior responsável pela divulgação da Yoruba Art em todo mundo, Estados Unidos,Cuba, Alemanha, França, Inglaterra, Espanha, são os países onde o maior número de peças podem ser encontradas, em museus e coleções particulares.
Literatura Africana-Dança Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés. O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo o aparelho sensorial. A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.
A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de continuação e de criação continua. Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, capoeira, Coco (dança) congadas e jongo.
Tipos de Danças Africanas mais comuns: Kizomba Ritmo quente, originário de Angola, não pára de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das danças sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante… Vários estilos, técnicas, influencias. Toda variedade e diversidade de Kizomba. Samba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba. Danças Caboverdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde: Funána, Mazurka, Morna, Coladera, Batuque. Danças Tribais Uma forte característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para levar até o público esta interatividade.

Esculturas

Escultura da tribo Makonde, da África Oriental, c. 1974.



Esculturas em madeira
A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras alusivas a acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. Existem também objetos que denotam poder, como insígnias, espadas e lanças com ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um motivo alusivo à figura dos dignitários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo desenhos estilísticos.
Esculturas em outros materiais

Tecido Kente do Gana.


Além das esculturas em madeira existem os objetos confeccionados com fragmentos de vidro(apesar de estes serem raros) das mais variadas cores, colocados em gorros, possuindo uma gama de figuras humanas e de animais, feitas com fio de algodão que passam por todo o tecido, colocados sempre em combinação vertical. As pedras podem ser alternadas porCowrys, canudilhos metálicos ou de seda e algodão.

Neide da Costa tecelã do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Salvador, Bahia.


Os tecidos são lisos ou estampados, os bordados são rebordados com linhas e com pedras de vidro. Confeccionam roupas longas e gorros. A inventividade do bordado com pedras de vidro está muito espalhada nas populações da República da Nigéria. Os suportes para abanos, crinas e rabos de animais, também decoram com pedras de vidro, canudilhos e cauris.
Os tecidos e o vestuário chegaram a um desenvolvimento plástico considerável em zona de cultura urbana, assimilando muitos elementos da indumentária islâmica e outros introduzidos pelos europeus colonialistas. O tear horizontal, permitiu a confecção variada de tiras que posteriormente se juntam longitudinalmente para formar tecidos maiores. Deste tipo de confecção o mais característico é o chamado Kente, entre os Ashanti. Ainda entre estes tecidos está o estampado chamado Denkira, com figuras diferentes que se combinam para estruturar um desenho ou determinar um motivo fundamental. Os desenhos são imersos em uma tintura vegetal e impressos em tecido branco estendido em uma almofada. O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká.

Materiais usados
Ferro
O ferro é utilizado a partir de uma prancha fundida mediante pressão e calor. São confeccionados muitos atributos em várias formas pelosAbomei, de quem é a imagem da entidade Gu, dono do ferro representado por uma figura antropomorfa. Com a mesma técnica são encontrados vários atributos a variadas entidades e também vários instrumentos musicais.
Nestas, os detalhes da figura humana estão um pouco resumidos, destacando algumas marcas regionais, e nisto, assim como nas proporções gerais, diferem das de Ifé, nas que se percebe a procura dos modelos anatômicos, como se fossem retratos, dentro de um tamanho menor. As cabeças de bronze apresentam variedades de caracteres faciais, presos em detalhes sutis que permitem apreciar diferentes expressões nos rostos e até incluem algumas deformações anatômicas.

Influência africana
No dia 28 de Outubro de 1846, o Presidente da República Joaquin Suárez, aboliu a escravidão no Uruguai num processo que começou em 1825. Com a abolição da escravidão, os rituais de dança africanos foram descritos em alguns documentos em Montevideo e no campo, que ficaram conhecidos como Tangós. O tango se desenvolveu simultaneamente em Montevideo e em Buenos Aires. Tradicionalmente considera-se uma criação de imigrantes italianos e espanhóis, os conhecedores opinam que a dança e a música africana influenciaram profundamente a música e os movimentos da dança que se associam com o tango.

Picasso e a África
Pablo Picasso (1881-1973), mesmo nunca tendo ido a África, produzia obras com máscaras e estátuas que ele tinha com ele enquanto trabalhava. Picasso dizia que o "vírus" da arte africana o tinha contagiado.

Outros artistas modernos e a arte africana
Além de Pablo Picasso (1881-1973), diversos outros artistas ocidentais do século XX também assimilaram criativamente a influência da arte africana, permitindo que ela renovasse seus próprios meios de expressão. Um desses artistas foi Henri Matisse. Conforme registra José D'Assunção Barros em um artigo sobre As influências da Arte Africana na Arte Moderna, o diálogo com as variadas formas africanas de expressar e representar o mundo e as expectativas sobrenaturais aparece bastante em uma parte relevante da produção matissiana, que se desenvolve paralelamente àquela pintura que o celebrizou, e que se caracteriza essencialmente pelas cores fortes e puras. O autor se refere, neste caso, à escultura de Matisse, que nem sempre é tão lembrada como sua arte pictórica, mas que ocupa certamente um lugar singular na história da arte ocidental. A escultura matissiana é especialmente inspirada na estatuária africana – particularmente a partir de algumas peças que o artista francês adquirira em 1906 – e revela-se aí um dos gêneros através dos quais as diversas formas de expressão africanas puderam penetrar mais decisivamente na arte moderna, além daquele outro gênero que incidiu mais diretamente sobre a pintura cubista de Pablo Picasso, e que foi a arte das máscaras ritualísticas.

Gabriel Lima de Sá

CAPOEIRA

Conhecida mundialmente, a Capoeira que é vista nas ruas e ladeiras de Salvador, tem a sua história relacionada à opressão. Essa dança ou arte marcial, como queiram chamar, surgiu assim: Com a implantação da escravidão no Brasil , por volta de 1538 e com a vinda dos africanos, vieram também na bagagem os costumes, que eram a forma de minimizar o sofrimento no Novo Mundo. Os rituais religiosos e danças feitas na terra natal já mostravam os primeiros passos que iriam culminar na Capoeira. Logo depois das primeiras fugas de escravos, os fugitivos necessitavam de algo para se defender e que lhes desse a habilidade de atacar os “capitães-do-mato”. Com movimentos de ginga, saltos e chutes a antes dança comemorativa ganha caráter de luta. A eficácia da Capoeira veio em forma de vitória em diversas batalhas, seja em relação à opressão social da época ou em Guerras como a do Paraguai.
O nome "capoeira" tem origem nos terrenos que tiveram o mato queimado e apresentam a sua vegetação crescente. E eram nesses espaços que os escravos tinham condições favoráveis na hora de lutar em prol da liberdade e da vida. A Capoeira teve tanta influência na época da escravidão e nos anos que seguiram após a abolição, que chegou a ser proibida sob pena de prisão ou até deportação. Sendo os seus praticantes considerados desocupados e desordeiros.


A diversidade existente na Bahia também está inserida na capoeira, que possui duas variações de estilos de luta, musicas e cantos. A capoeira Angola, como é conhecida, corresponde a uma das características da cultura africana Bantu, que são alguns de seus rituais religiosos. O jogo de capoeira Angola é recheado de sagacidade, mandinga e elegância de movimentos que seguem o ritmo tocado pela orquestra. Um dos mestres mais conhecidos da capoeira Angola é Vicente Ferreira Pastinha – o Mestre Pastinha. Discípulo do mestre africano Benedito, Pastinha dedicou sua vida aos ensinamentos da capoeira em sua academia no Pelourinho (Centro Esportivo de Capoeira Angola), se dedicou, sobretudo a desfazer o preconceito em relação a capoeira incrustado na sociedade.
Já na década de 30, Manoel dos Reis Machado – o Mestre Bimba – após 14 anos cercado com os ensinamentos da capoeira Angola, decide criar a Luta Regional Baiana. Hoje é conhecida como "Capoeira Regional", uma linha aperfeiçoada da capoeira Angola, com cerca de 52 golpes. Mestre Bimba, através na sua nova linha de ensino da capoeira, incluiu mulheres e posteriormente pessoas brancas e de outras classes sociais, na prática da Capoeira. Ele também exigia que os seus capoeiras estivessem trabalhando ou estudando, exigiu até quem todos jogassem com uniforme branco, como forma de higiene , e para diminuir o preconceito e maior divulgação da cultura. A Capoeira foi mais uma forma dos escravos e seus descendentes afirmarem sua identidade e cultura numa sociedade cheia de preconceitos. Patrimônio Cultural Brasileiro, a Capoeira é praticada nas ruas do Centro Histórico.

CANDOMBLÉ

O candomblé é uma religião africana trazida para o Brasil no período em que os negros desembarcaram para serem escravos. Nesse período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo, que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás, Inquices e Vodus omitindo-os em santos católicos.
Os orixás, para o candomblé, são os deuses supremos. Possuem personalidade e habilidades distintas, bem como preferências ritualísticas. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento, podendo compartilhá-lo com outro orixá, caso necessário.
Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal (quando somente as mulheres podem assumir a liderança), patriarcal (quando somente homens podem assumir a liderança) ou mista (quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro). A celebração do ritual é feita pelo pai de santo ou mãe de santo, que inicia o despacho do Exu. Em ritmo de dança, o tambor é tocado e os filhos de santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. O ritual tem no mínimo duas horas de duração.
O candomblé não pode ser igualado à umbanda. No candomblé, não há incorporação de espíritos, já que os orixás que são incorporados são divindades da natureza; enquanto na umbanda, as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados em médiuns de incorporação. Existem pessoas que praticam o candomblé e a umbanda, mas o fazem em dias, horários e locais diferentes.

SAMBA
O nome samba é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançada.
O primeiro registro da palavra "samba" aparece na Revista O Carapuceiro, de Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, escreve contra o que chamou de "samba d'almocreve". O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgidas no Brasil.
Em meados do século 19, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzida pelos escravos africanos, desde o Maranhão até São Paulo. O samba carioca provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganharam novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então).

Muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem a ao samba moderno. O termo "escola de samba" é originário deste período de formação do gênero. O termo foi adotado por grandes grupos de sambistas numa tentativa de ganhar aceitação para o samba e para a suas manifestações artísticas; o morro era o terreno onde o samba nascia e a "escola" dava aos músicos um senso de legitimidade e organização que permitia romper com as barreiras sociais.
O samba-amaxixado Pelo telefone, de domínio público mas registrado por Donga e Mauro Almeida, é considerado o primeiro samba gravado, embora Bahiano e Ernesto Nazaré tenham gravado pela Casa Édison desde 1903. É deles o samba "A viola está magoada". Há registros também do samba "Em casa de Baiana" (1913), de autoria de Alfredo Carlos Brício. Porém ambos não fizeram muito sucesso, e foi a composição registrada por Donga que levou o gênero para além dos morros. Donga chegou a anunciar "Pelo telefone" como "tango-samba", no Jornal do Brasil de 8 de janeiro de 1917.
Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar. Eles transformaram o gênero, dando-lhe os contornos atuais, inclusive coma introdução de novos instrumentos, como o surdo e a cuíca, para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval. Nesta mesma época, um importante personagem também foi muito importante para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de "música oficial" do Brasil.

Máscaras

“Mágicas, protetoras, lúdicas, miméticas tanto servem para encobrir ou revelar intenções de quem as usa. ”Imaginária ou não, a máscara serve para ocultar a verdadeira essência do homem, sejam seus instintos ou mesmos traços fisionômicos. O seu uso pode significar esconder uma personalidade cotidiana para assumir as qualidades da personagem que ora representa. Desde a pré-história as máscaras são usadas juntamente com os tambores, cantos, danças e mímicas nos rituais religiosos e mágicos. O mais antigo registro de sua existência foi encontrado na Caverna de Lascaux, na França em desenhos feitos nas paredes rochosas mostrando homens mascarados com cabeças de animais. Nos rituais sagrados, a máscara intermedia a relação com o mundo invisível, expressando a fé na existência de seres sobrenaturais. Também desempenha funções mágicas: No Antigo Egito elas eram colocadas sobre o rosto do mosto para ajudá-lo na passagem para a vida eterna. Gregos  e romanos usavam-nas em cerimônias religiosa. Na China e sudeste da Ásia, as máscaras de dragão eram usadas para afastar os maus espíritos.
Ainda hoje, sacerdotes de civilizações primitivas como os pajés entre os povos indígenas, usam máscaras para incorporar entidades que curam.
Na África, a máscara não serve só para esconder o rosto de quem a usa, ela o transforma em outro alguém diferente que pode ser um espírito ancestral, um ser do outro mundo. Essa “transformação” só acontece em momentos especiais como:

rituais e cerimônias de iniciação, quando crianças se preparam para tornarem-se adultos; nos enterros; nas coroações de chefes e reis; festas da colheta ou plantio; rituais de curas de doenças; expedições de caça ou de guerra; policiamento e cumprimento da justiça Percebe-se então que as máscaras têm funções educativas, religiosas, militares, policiais e econômicas. A máscara não é apenas um objeto esculpido em madeira ou confeccionada em outro material. Ela inclui a roupa do mascarado e adereços que ele carrega. Mas ela só se torna uma máscara quando entra em ação, dançando a música dos tambores e outros instrumentos, enquanto a comunidade participa olhando, batendo palmas, cantando e estimulando.
Eram também usadas para protegerem o físico. Durante 650 anos em todo o Império Romano, gladiadores usavam máscaras nos confrontos com feras, em circos públicos e arenas. Mas foi na arte dramática que a máscara mais se enriqueceu, transformando-se em elemento cênico. Os artefatos eram confeccionados em barro, madeira, cortiça e ferro adornados com outros materiais. Em 500 a.C. sua forma foi aperfeiçoada e sua execução confiada a escultores.

Gabriel Lima de Sá

ARTE ÍNDIGENA BRASILEIRA
A arte indígena brasileira é um tipo de arte produzida pelos povos nativos brasileiros, antes, durante e depois da colonização portuguesa, que começou no século XV.

      Devido à grande diversidade dos índios brasileiros, é difícil definir um padrão artístico, porém, a cerâmica, o trançado, os enfeites do corpo, as danças e os rituais merecem destaque. É importante saber que quando falamos que um objeto indígena é artístico, provavelmente estaremos lindando com conceitos da nossa civilização, porém, estranhos aos índios. Para eles, o objeto precisa ser perfeito ao produzido, e não na sua utilização.

     Outro aspecto importante, é que a arte indígena é a representação de uma tribo, e não da personalidade de quem o faz. Por isso, essa arte é tão diversificada. Eles também usam apenas elementos naturais na composição da arte: madeira, palhas, cipós, resinas, ossos, dentes, couro, conchas, pedras, sementes, plumas, tintas, e etc. As peças de cerâmica mostram os muitos costumes dos povos indígenas.  

       As máscaras para os índios, são produzidas pelo homem comum, mas ao mesmo tempo, são a figura viva do sobrenatural. São feitas com troncos de árvores, cabaças, palhas, e são normalmente usadas em danças cerimoniais. As cores mais usadas pelos índios são: o vermelho muito vivo, o negro esverdeado, e o branco. A importância desse tipo de cor, é que ao fazerem a pintura corporal, os eles tem a intenção de transmitir a alegria com cores vivas e intensas. Além do mais, através dessa pintura corporal, as tribos se organizam socialmente, como por exemplo: guerreiros, nobres e pessoas comuns.


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A música e a dança estão frequentemente associadas aos índios e a sua cultura, variando de tribo para tribo. Em muitas sociedades indígenas a importância que a musica tem na representação de ritos e mitos é muito grande. Cada tribo tem seus próprio instrumentos, havendo também os instrumentos que são utilizados em diferentes tribos no entanto de diferentes formas como é o caso do maracá ou chocalho, onde em determinadas sociedades indígenas como a dos Uaupés o uso do mesmo acontece em cerimonias religiosas, já outras tribos como a dos Timbiras é utilizado para marcar ritmo junto a um cântico por exemplo. A dança junto aos indígenas se difere da nossa por não dançarem em pares, a não ser por poucas exceções como acontece no alto Xingú. A dança pode ser realizada por um único indivíduo ou por grupos.


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                                                                          O Traçado e a Tecelagem



Os trançados feitos pelos indígenas possuíam como matérias-primas as folhas, palmas, cipós, talas e fibras. Os indígenas produzem uma variada gama de peças de vestuário, cestas e redes, além de perneiras e abanos.
Os principais produtos que eram produzidos com esta arte de tecelagem eram as vestimentas, que caracterizam muito a sua cultura indígena, já que dependendo de qual cultura a vestimenta também muda.
     Nos trabalhos de cestaria dos índios há uma definição bastante clara no estilo do trabalho, de forma que um estudioso da área pode através de um trabalho em trançado facilmente identificar a região ou até mesmo que tribo o produziu. As cestarias são utilizadas para o transporte de víveres, armazenamento, como recipientes, utensílios, cestas, assim como objetos como esteiras.


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Cerâmica


As peças de cerâmica que se conservaram ao longo do tempo testemunham costumes de diferentes povos indígenas já desaparecidos, numa linguagem artística que nos impressiona. Elas possuem várias formas diferentes para cada local, como também figuras, isso explica a diversidade cultural presente na época indígena.

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fabricação de artefatos de cerâmica não é característica de todas as tribos indígenas. Entre os Xavantes, por exemplo, ela falta totalmente. Em algumas sua confecção é bastante simples, mas o que é importante ressaltar é que por mais elaborada que seja a cerâmica sua produção é sempre feita sem a ajuda da roda de oleiro. As cerâmicas são utilizadas na fabricação de bonecas, panela, vasos e outros recipientes. Muitas são produzidas visando atender a demanda dos turistas.


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Para os indígenas, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo tempo que são um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Feitas com cascas de árvores, cabaças de palhas de buriti, geralmente são usadas em danças cerimoniais, representando personagens da mitologia indígena.  Com seu simbolismo, as máscaras aproximam estas forças sobrenaturais ao indivíduo e materializam todos os códigos inscritos nos rituais e mitos, facilitando a leitura que cada um dos índios fará destes códigos.

            Um aspecto recorrente nas mitologias indígenas é que em um passado distante aconteceram conflitos entre as entidades representadas pelas máscaras e os índios, porém no presente os índios preparam festas que servem para "alegrar" e controlar estas entidades. Assim os índios superam os confrontos passados, e influenciam as forças sobrenaturais em favor de seus interesses.

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Essa é uma arte muito especial, pois ela não está associada a nenhum fim lucrativo e sim apenas à pura busca da beleza, com esta arte os índios criam mantos, diademas e colares. Uma das peças mais conhecidas é o “manto Tupinambá” confeccionada pelos Tupinambás, para serem usadas pelos pajés.
         Existem dois grandes estilos na arte plumária, são eles, os trabalhos majestosos e grandes, como os diademas, e os delicados adornos de corpo, que está no colorido e na combinação dos matizes, que seriam um tipo de colar.









A confecção de instrumentos de pedra (ex.: machadinhas) fora de extrema importância no passado indígena, mas nos dias atuais os índios não mais costumam produzir artefatos em pedra devido à inserção de instrumentos de ferro, que se mostraram mais eficientes e práticos, embora algumas tribos ainda utilizam estes artefatos para ocasiões especiais.




Esta arte acabou sendo também um dos fatos mais importantes ocorridos na arte indígena, pois foi um momento em que os índios desenvolveram-se na caça, alimentação, vestimentas entre outros.