quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Ernandes e Jeferson

Arte Indígena

Datada de antes da chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, e que se mantém viva até os dias atuais, a arte indígena é um patrimônio sócio-cultural de um povo que viveu a raiz do Brasil, que sobreviveu e fez sua arte daquilo que compõe cada hectar de terra brasileira, com o uso das penas das aves que aqui voavam, das plantas para extrair as tintas e da terra para produzir as belas peças de cerâmica. Apreciar uma peça de arte indígena é apreciar uma pequena parte do Brasil moldada em um utensílio do povo que se originou nesse vasto país.
Os materiais utilizados eram os encontrados na natureza, basicamente. Artefatos de cerâmica pintados com tintas extraídas de plantas (exemplo mais comum: a cor vermelha oriunda do pau-brasil). As peças eram geralmente potes, vasilhas, máscaras plumárias, vestes, cesteiras e demais objetos que eram muito mais utensílios que propriamente arte para ser apreciada. E é nessa fraseque encontramos a diferença da arte indígena para as demais expressões de arte.

A utilidade da arte indígena é um diferencial para a arte contemporânea. Percebe-se que, ao especificar os tipos de objetos produzidos pelos indígenas, veem-se semelhanças em todos: cada um tinha uma função. Não eram simples peças com o intuito de decorar ou de expressão sentimental. Tinham, claro, tal função, porém com a característica diferenciada de ser utilizada no dia a dia dos indígenas.

ernandes santos santos

19:26 (Há 41 minutos)
para mim

A influência africana na cultura contemporânea brasileira

          Os escravos africanos chegavam ao Brasil através do tráfico negreiro. Ao chegar a seu destino, eram obrigados a trabalhar como escravos em lavouras de cana-de-açúcar, jazidas de metais preciosos, como ouro e diamante em benefício de Portugal. Mesmo tendo que se adaptar aos costumes do novo espaço onde eram obrigados a trabalhar com péssimas condições de vida, não abandonaram suas raízes culturais. Essa “fidelidade” deixou resquícios que contribuíram para a formação atual da diversificada cultura brasileira.
         
 Naturalizados pelo animismo, os africanos logo que desembarcavam nos portos eram batizados e recebiam nomes cristãos (João, José, Lucas e etc.) sendo obrigados a seguir a religião da coroa portuguesa, mas muitos mantinham seus cultos africanos escondidos, já que de acordo com a primeira constituição ,promulgada em 1888, o catolicismo era considerado a religião oficial da colônia, sendo outros cultos permitidos desde que não houvessem templos ou locais de adoração.De qualquer forma,as religiões afro-brasileiras continuavam na ilegalidade e sob perseguição uma vez que não eram consideradas religiões pelos europeus.
         
 Muitos habitantes do norte da África chegavam ao Brasil cultuando o islamismo. Tais negros desembarcaram principalmente nas cidades de Salvador e compunham o grupo étnico mais perseguido pelas autoridades devido as constantes rebeliões incitadas pelos mesmos.
         
 Na época do escravismo, havia também lideres religiosos, os quais acreditava-se que eram capazes de lidar com o sobrenatural. Esses eram os curandeiros, procurados pelos africanos para tratar de alguma doença física ou mental. Acreditava-se também que os mortos agiam para proteger os vivos de doenças e espíritos malignos, uma vez que o elo com os vivos não se rompia após a morte. Tal crença é bem comum no Brasil atualmente.
         
 As religiões afro-brasileiras expandiram-se pela sua capacidade de atrair pessoas, inclusive, brancas e livres. A presença dessas pessoas caiu como uma luva, pois aproveitaram desse envolvimento para conseguir respeito e segurança.
         
 A expansão do candomblé ocorreu em 1888, porém continuava a ser perseguido por policiais e sofrendo preconceito. Após muita luta contra essa barreira montada pela coroa, a partir de 1976 os candomblés foram permitidos a cultuar seus orixás livremente, sem preocupações ou restrições. Essa expansão e consequente liberação de culto resultaram na adoção do candomblé como religião oficial por parte de grande numero de brasileiros, em torno de três milhões habitantes.

          Na época da escravidão, a arte e a religião estavam muito ligadas uma com a outra. Na África, cada Orixá tinha suas cores, suas músicas, suas danças e tudo isso tinha um significado e fazia parte de determinados rituais. Para quem não sabe, Orixás são semideuses criados pelo deus supremo Olorun, para proteger todos os elementos da natureza. Os artistas africanos usavam sua criatividade para pintar e esculpir imagens de Orixás e divindades, já que as pinturas e esculturas dos deuses e semideuses (Orixás e divindades) não seguiam uma forma padrão. Mas não é porque os artistas africanos podiam usar a criatividade, que eles iam pintar qualquer coisa para representá-los. Os africanos tinham de ser fiéis as características e feições mágicas de cada divindade e Orixá.
          Muitas igrejas no estado de Minas Gerais foram ornamentadas por pintores, entalhadores e douradores africanos. Executavam um trabalho manual, e já que havia muito preconceito nessa época, a maioria da população recusava essas atividades. Com isso, muitos escravos brilharam com seus talentos e criatividade. Alguns ficaram famosos esculpindo imagens de santos, santas e anjos. Como exemplo temos Antônio Francisco Lisboa, nascido em Vila Rica, hoje conhecida como Ouro Preto, Minas Gerais. Lisboa era filho de um mestre de obras português e de uma escrava africana. Por questão de uma doença que comprometeu o movimento de suas mãos e seus pés, Lisboa pintava e esculpia com as ferramentas amarradas nas mãos. Após essa doença, Lisboa ficou conhecido como Aleijadinho. Mesmo ficando famoso, Aleijadinho morreu pobre e abandonado.

ernandes santos santos

19:29 (Há 38 minutos)
para mim
arte funrária no brasil

A concepção deste site tem como objetivo propiciar ao internauta, a possibilidade de descobrir que no silêncio, os símbolos presentes nos túmulos, produzidos com certo gosto artístico, despertam os mais profundos e significativos sentimentos. A luta pela secularização dos cemitérios brasileiros iniciou-se em 1870, sob a responsabilidade de políticos republicanos e das ordens maçônicas. Podemos considerar que a produção funerária no Brasil, realizada no transcorrer da Primeira República é proveniente de duas situações distintas. Nos centros metropolitanos importaram-se mausoléus de “estilo” da Europa; construíram túmulos com esculturas realizadas por brasileiros, imigrantes e descendentes de italianos, portugueses, franceses e alemães considerados como acadêmicos e alguns tidos como modernistas. No interior do país, predominou um tipo de produção padronizada inspirada nos modelos registrados nos manuais especializados da Europa, efetuada em marmorarias locais. Dentro desta gama de variedades, ainda existem túmulos que se apropriaram do emprego de materiais regionais, acentuando, assim como nos demais, motivos religiosos, elucidativos e vernaculares. Acreditamos, que uma vez colocado a disposição dos internautas afins, esse material propiciará o acesso a uma documentação rara, favorecendo outras investigações sobre arte funerária no Brasil.
É professora Adjunta de História da Arte na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás. Ministra aulas nos programas de Pós-Graduação: Cultura Visual (FAV) e História (FCHF). Pesquisadora do CNPq. Tem artigos publicados no país e no exterior sobre arte funerária no Brasil. Foi professora e coordenadora do curso de Artes Plásticas da Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP (1973-91). Ministrou aulas na Faculdade de Arquitetura da Instituição Moura Lacerda (Ribeirão. Preto, 1992) e no curso de pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista, UNESP (Franca, 1994-95). Exerceu o cargo de Secretária da Cultura na cidade de Ribeirão Preto (1993). Integra o Comitê Brasileiro de História da Arte, a Associação Brasileira de Críticos de Arte e a Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas. É membership da Association forGravestone Studies (EUA).

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